Questão agrária, superexploração e migração temporária: o Vale do Jequitinhonha na dialética do capitalismo dependente

Nome: CRISTIANE LUIZA SABINO DE SOUZA
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 12/07/2016

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
LUIZ JORGE VASCONCELLOS PESSÔA DE MENDONÇA Examinador Interno
RAQUEL SANTOS SANT'ANA Examinador Externo
RENATA COUTO MOREIRA Orientador
ROBERTA SPERANDIO TRASPADINI Examinador Externo

Resumo: Neste trabalho, realizamos o esforço de buscar os elementos que explicitam a dialética do desenvolvimento capitalista a partir da realidade da América Latina, de modo a compreender as particularidades que se manifestam nessa região que, apesar da intensa produção de riquezas, tem a miséria dos seus trabalhadores como realidade constante. Buscamos explicitar, pois, os fundamentos da contradição entre capital e trabalho, e os elementos que particularizam suas manifestações concretas, para compreendermos aspectos singulares das mesmas em uma região específica, o Vale do Jequitinhonha – Minas Gerais. Nosso objeto específico de estudo foi a relação entre a migração temporária dos trabalhadores do Vale do Jequitinhonha (MG) e a superexploração de sua força de trabalho no setor sucroalcooleiro na atualidade. Para chegar os elementos centrais à sua compreensão partimos de uma perspectiva crítica, apreendida na tradição marxista. Assim construímos um caminho teórico e metodológico que, ao explicitar a dinâmica do desenvolvimento desigual e combinado do capital e suas particularidades na América Latina, manifestas a partir da dependência estrutural, buscou explicitar as contradições dessa dinâmica e construir as mediações necessárias para compreender as peculiaridades das condições de trabalho e reprodução dos migrantes temporários do Vale do Jequitinhonha. Nos apoiamos num referencial teórico apreendido a partir da Teoria Marxista da Dependência (TMD) e construímos uma estrutura de debate que deu centralidade às categorias dependência, desenvolvimento, subdesenvolvimento e desigualdade, a partir das quais adentramos no debate da questão social, questão agrária e migração temporária. Na busca pela explicitação dos processos histórico-estruturais, inerentes à particularidade do capitalismo dependente brasileiro, que definem a singularidade da questão agrária no Vale do Jequitinhonha, ampliamos a compreensão da questão agrária e sua relação com a superexploração da força de trabalho no capitalismo dependente, o que nos permitiu apontar a centralidade das mesmas para a compreensão das contradições entre capital x trabalho na América Latina.

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