Participação: um estudo sobre idosos

Nome: TANIA MARIA BIGOSSI DO PRADO
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 20/10/2006

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
ALACIR RAMOS DA SILVA Examinador Externo
ALEJANDRA PASTORINI CORLETO Examinador Externo
MARISTELA DAL MORO Orientador

Resumo: Objetiva analisar a contribuição do Programa Vivendo a Melhor Idade da Prefeitura Municipal de Vitória, na conquista da participação efetiva do idoso na sociedade, por meio dos objetivos específicos: a) identificar se o programa inclui o idoso numa gestão participativa; b) verificar se o programa subsidia a participação política dos idosos na luta pela consecução de direitos e a garantia dos direitos já conquistados; c) perceber se o programa viabiliza a preservação da autonomia, da promoção da integridade e do envelhecimento ativo e saudável. Os procedimentos técnicos utilizados foram pesquisas bibliográfica, documental e de campo. Para a pesquisa de campo, foram realizadas entrevistas semi-estruturadas com idosos e assistentes sociais inseridos no programa e o material coletado foi analisado numa abordagem qualitativa. Foi possível identificar alguns elementos que indicam que esse Programa tem dado uma resposta relativamente positiva àquelas questões; há, porém algumas superações necessárias para viabilizar a conquista de participação, autonomia e integração. Nesse Programa os idosos têm oportunidade de inserir-se em atividades físicas, artísticas, lúdicas, educativas e de lazer, dentre outras. Todas essas atividades são de grande importância para experienciar o processo de envelhecimento de forma positiva; no entanto, não comparece um empenho acerca da conquista da participação do idoso, seja na gestão do programa, seja em espaços públicos de reivindicações. Não se verificou trabalho algum em uma perspectiva intergeracional, envolvendo a família e a comunidade. Todos os idosos afirmam ter o controle de suas próprias vidas e decisões, de onde se pode obter um indicador de que a autonomia está preservada/resgatada. Embora não haja registros da contribuição efetiva do Programa nesse sentido, é inegável que subsidia de alguma maneira essa atitude dos idosos frente as suas questões cotidianas. Quanto à promoção do envelhecimento ativo e saudável, essa é perceptível na fala, no olhar e nas atitudes das pessoas e se expressa quando os idosos entrevistados falam da motivação de sair de casa, da superação de estados depressivos, da melhora das condições físicas e fica implícito, também, quando apontam a condição de ser idoso como uma importante etapa da vida, mencionam as conquistas em relação às gerações passadas e da possibilidade da concretização do sonho de liberdade. Em síntese, embora o Programa Vivendo a Melhor Idade possa contribuir para promover a participação efetiva do idoso na sociedade, esta se encontra incipiente, pois ainda não se percebe que haja uma contribuição efetiva para consolidar a participação política da pessoa idosa e ainda é insuficiente a articulação desses grupos no aspecto da cidadania, da defesa de direitos e da ação política. Há limites e entraves estruturais para tal, advindas em uma sociedade que, além de marcada por uma desigualdade iníqua, apresenta uma incipiente cultura política - inexperiência e distanciamento do exercício de participação - resultado de décadas de práticas autoritárias.
Palavras-chaves: envelhecimento, política social, participação.

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