Economia Solidária princípios e contradições

Nome: ANDRESSA NUNES AMORIM
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 24/09/2010

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
MARIA BEATRIZ LIMA HERKENHOFF Examinador Interno
REINALDO ANTONIO CARCANHOLO Orientador
RENATA COUTO MOREIRA Examinador Externo

Resumo: O propósito desta dissertação é analisar se as relações sociais atípicas da economia solidária convergem para a estruturação de um novo modo-de-produção não capitalista. Para isso o procedimento metodológico utilizado foi a pesquisa bibliografia a livros, periódicos, teses, dissertações, coletâneas de textos, além de dados de instituições oficiais como Ministério do Trabalho e Emprego e Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística. Dessa forma, buscou-se o estudo do
movimento cooperativista europeu do século XIX e sua relação com o surgimento da Economia Solidária no Brasil, além da apresentação das diversas concepções teóricas de economia solidária marcadas por imprecisões e incompletudes, passando pelas contradições dos princípios norteadores da autogestão, da solidariedade e na ação concreta, sua relação com o do terceiro setor. A partir desse conjunto de elementos passou-se à análise da economia solidária como meio para a estruturação de um novo modo-de-produção não capitalista, suas limitações e as potencialidades da economia solidária enquanto espaço de formação política e construtora de uma nova sociabilidade. Observou-se que, ao longo da década de 1990 e, sobretudo nos anos 2000, houve uma explosão de novos grupos de economia solidária no Brasil, surgidos como conseqüência da crise estrutural do emprego, causado pela necessidade de elevação da remuneração do capital. Nesse
cenário inspirados por princípios de solidariedade e autogestão os empreendimentos econômicos solidários vivenciam relações contraditórias seja diante de seus próprios princípios, seja pela ligação estreita com o terceiro setor através das entidades de assessoria e fomento, seja pela defesa de uma proposta anticapitalista somada à
vivência na economia de mercado. Trata-se, portanto, de uma análise que considera os limites e as possibilidades da economia solidária a partir de suas contradições e sua potencialidade como motor de uma transformação sistêmica.

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