Educação Popular, Movimentos Sociais e Serviço Social

Resumo: No contexto da crise estrutural do capitalismo, que tem seu início nos anos 1970, a impossibilidade de bilhares de seres humanos conseguirem se manter vivos no interior da estrutura do capital tem os levado à produção de experiências populares de auto-organização. As massas expulsas para a periferia do campo e da cidade são obrigadas a refazerem as relações comunitárias, produzindo experiências alternativas à barbárie social, a partir da luta por moradia, dos coletivos de cultura alternativa e de outras tantas formas de enfrentamento das opressões, transformando esses territórios em lócus de resistência às formas objetivas de dominação social. É isto que torna possível falar hoje na atualidade histórica da educação popular, que tem sua expressão nas formas embrionárias de crítica do valor.
Neste contexto, como os/as assistentes sociais podem contribuir para que as massas retirem do Estado tudo o que este pode oferecer em termos de direitos sociais, sem que isto interrompa o aprofundamento das formas populares de resistência? Estas e outras questões têm motivado nossos estudos sobre a necessidade histórica do Serviço Social retomar o trabalho com comunidades, na perspectiva freireana de educação popular, ou seja, contribuindo para que se aprofundem as experiências sociais comuns que une mulheres e homens na produção de formas de resistência à barbárie. No entendimento que orienta as reflexões apresentadas neste ensaio, educação popular é práxis. E neste sentido não pode ser fabricada por agentes externos, pois a pedagogia de autoformação é a própria experiência de luta popular.
a pesquisa se pretende como uma parceria entre a Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro e a Universidade Federal do Espírito Santo, em aproximação de campo de pesquisa na área de Serviço Social e educação. A parceria entre as universidades tem em vista a interlocução acadêmica no campo da pesquisa e também da extensão, sendo que a presente proposta de pesquisa apresentada à UFRRJ procura se vincular às produções que o Grupo de estudos sobre cultura e educação popular (GECEP/UFES), criado em 2014, vem desenvolvendo junto a comunidades tradicionais e movimentos sociais no Espírito Santo. O objetivo é que possamos pensar as particularidades das duas realidades, que envolvem Espírito Santo e Rio de Janeiro, procurando enriquecer o processo de produção do conhecimento a partir das mediações teóricas e práticas produzidas nos diferentes territórios.

Data de início: 01/06/2017
Prazo (meses): 24

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