QUANDO PRETOS PINTAM NA UFES, A UNIVERSIDADE SE PINTA DE PRETO? REFLEXÕES SOBRE RACISMOS E ANTIRRACISMOS INSTITUCIONALIZADOS
Nome: SIMONE LIMA AZEVEDO
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 18/07/2019
Orientador:
Nome | Papel |
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MARIA HELENA ELPIDIO ABREU | Orientador |
Banca:
Nome | Papel |
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MARIA HELENA ELPIDIO ABREU | Orientador |
MARCIA CAMPOS EURICO | Examinador Externo |
JEANE ANDRÉIA FERRAZ SILVA | Examinador Interno |
GUSTAVO HENRIQUE ARAUJO FORDE | Examinador Externo |
Resumo: A pesquisa desta dissertação investiga as mudanças institucionais realizadas a partir da implantação das cotas raciais na Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) em 2013, tendo como lócus de análise as três funções precípuas da universidade o tripé ensino, pesquisa e extensão , para identificar de que modo é realizada a articulação da adoção das cotas com as demais políticas acadêmicas e, desse modo,
problematizar a importância da política de cotas raciais para além de seus dados quantitativos, comumente abordados institucionalmente, acerca do ingresso e da diplomação de alunos cotistas, e pensar as cotas raciais como um importante mecanismo transformador dos processos formativos e políticos da universidade que se somam às
políticas de enfrentamento ao racismo na sociedade brasileira. Neste estudo, destacamse as determinações sociais, históricas, econômicas e políticas na constituição do racismo como expressão e elemento amplificador da questão social, bem como as mesmas determinações na constituição da questão racial e do racismo como elemento
estruturante da formação social brasileira no bojo da sociedade de classes. Além disso, destaca-se o processo social, histórico, econômico e político de criação e transformação da universidade pública no Brasil, o lugar conferido à população negra e à questão racial nesse modelo educacional construído historicamente no país, bem como os
aspectos gerais e os desafios da universidade pública no contexto neoliberal.