MULHERES QUILOMBOLAS DO VALE DO JEQUITINHONHA: TECELÃS DA RESISTÊNCIA

Nome: CLAUDILENE DA COSTA RAMALHO
Tipo: Tese de doutorado
Data de publicação: 24/03/2023
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
ANA TARGINA RODRIGUES FERRAZ Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
ANA PAULA PROCOPIO DA SILVA Examinador Externo
ANA TARGINA RODRIGUES FERRAZ Orientador
GRACYELLE COSTA FERREIRA Examinador Externo
MARIA HELENA ELPIDIO ABREU Examinador Interno
MARIA RAIMUNDA PENHA SOARES Examinador Externo

Resumo: O objetivo geral desta tese é analisar a participação das mulheres quilombolas nos movimentos populares do Vale do Jequitinhonha, mais especificamente, nas comunidades quilombolas de Macuco (Minas Novas) e Tocoiós (Francisco Badaró), no período de 2016 até 2022, para verificar como as relações patriarcais de gênero e raça vêm se expressando na vida delas. Para tanto, foi realizada a revisão bibliográfica dos temas: relações patriarcais de gênero, relações raciais, reprodução social, quilombo e mulheres quilombolas, dialogando com poesias, músicas, literaturas e autoras(es) como Nascimento (1980), Moura (2020) Saffioti (2013), Gonzalez (2020), Nascimento (2021), dentre outras(os). Ademais, utilizamos também a pesquisa de campo (grupo focal e entrevista individual) como técnica de coleta de dados e a análise de conteúdo como técnica de análise. Cabe ressaltar ainda que as
vivências da pesquisadora como militante foram centrais para moldarmos os caminhos percorridos aqui. Como resultado, identificamos que, mesmo diante dos desafios impostos pelas estruturas de dominação-exploração, as mulheres quilombolas do Vale do Jequitinhonha tecem dia e noite a sua (re)existência; movimentadas pela mística quilombola, elas têm sido historicamente tecelãs da resistência. Tais desafios dizem respeito à sobrecarga de atividades, à violência, ao machismo, ao silenciamento e à sub-representação vivenciadas por elas – pautas muitas vezes não discutidas dentro dos movimentos dos quais participam. Diante desse cenário, percebemos que, se por um lado, as estruturas de dominação-exploração criam obstáculos à sua participação nos movimentos populares, por outro lado, mesmo diante de inúmeras dificuldades, as mulheres quilombolas, historicamente, vêm resistindo e construindo suas lutas nesses movimentos.

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