Olhando uma realidade, olhando o outro: representações sociais da pobreza e do usuário entre os profissionais da assistência social

Nome: ANAILZA PERINI CARVALHO
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 15/12/2010

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
ANA PAULA ORNELLAS MAURIEL Examinador Externo
IZABEL CRISTINA FERREIRA BORSOI Examinador Externo
IZILDO CORRÊA LEITE Orientador

Resumo: Este trabalho tem como objeto as representações sociais da pobreza e do usuário pobre da assistência social existentes entre os profissionais que trabalham na implementação da Política de Assistência Social da Prefeitura de Vitória (ES). Seu objetivo principal é identificar e analisar tais representações. Como procedimentos metodológicos da investigação que o fundamenta, realizamos pesquisa bibliográfica, pesquisa documental, observação não participante, entrevista semi-estruturada com profissionais de diferentes categorias que atuam na implementação daquela política e análise de conteúdo, para o que foram de importância capital alguns eixos principais da Teoria das Representações Sociais. A partir do pressuposto de que as atividades desenvolvidas pelos profissionais, nas políticas sociais — seja em sua formulação, seja em sua execução —,são, em grande parte, fundamentadas em escolhas baseadas nos valores por eles adotados, de maneira explícita ou implícita, chegamos às seguintes conclusões: os profissionais entrevistados apresentam os Centros de Referência da Assistência Social como importante espaço de participação pelos usuários, mas, ao mesmo tempo, consideram existir limites a essa participação; manifestam conhecimento da assistência social como direito, mas parte deles ainda refere-se a ela com um linguajar que lembra a prática do favor; afirmam que o sistema capitalista e a própria história são responsáveis pela existência da condição de pobreza, mas, de maneiras diversas, a maioria deles acaba culpabilizando o pobre pela situação em que vive; representam os usuários a partir do pressuposto da falta, tendendo a vê-los, assim, como não sujeitos; devido a isso e a não representar os usuários da Política de Assistência Social em sua positividade concreta, podem, ainda que involuntariamente, contribuir para obstaculizar o protagonismo e a participação efetiva daqueles usuários na Política de Assistência Social e na luta por direitos.

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