A desmedida do capital e as formas contemporâneas de temporalização da história

Resumo: Nas últimas décadas têm se difundido a percepção de que a humanidade se encontra numa encruzilhada formada pela confluência de múltiplas crises – econômica, político-institucional, ambiental, migratória, entre outras. Por vezes, tal percepção tanto alimenta perspectivas escatológicas e “aceleracionistas”, mobilizadas por forças políticas extremistas, quanto compete para legitimar o emprego da violência direta e dispositivos próprios ao “estado de exceção”, pretensamente votadas à garantia do atual padrão de reprodução social. De uma perspectiva mais propriamente teórica, esse estado de coisas se expressa em duas dimensões que convém salientar: na intensificação do debate sobre as crises e as perspectivas do capitalismo contemporâneo, em particular na conceituação acerca de sua “crise estrutural” e seus “limites absolutos”; e, concomitantemente, nos questionamentos sobre a transformação da própria concepção ou da “ossatura material” do tempo histórico. Subjacente a ambas as dimensões, encontra-se a pergunta sobre um eventual ou iminente cruzamento de um ponto de mutação societal. Este projeto visa analisar esse debate à luz da crítica da economia política - e em particular da acepção marxiana da desmedida do capital -, de modo a extrair dele o “núcleo racional” escamoteado por um “envoltório místico”, a partir da análise de tendências fundamentais da dinâmica global de acumulação de capital e de suas repercussões sociais.

Data de início: 01/11/2021
Prazo (meses): 48

Participantes:

Papelordem decrescente Nome
Coordenador GUSTAVO MOURA DE CAVALCANTI MELLO
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