Trabalho e meio ambiente: os danos socioambientais provocados pelo rompimento da barragem da Samarco na região do Espírito Santo

Resumo: A pesquisa se inscreve num espaço de tempo, marcados por três processos importantes: a implantação no Espírito Santo dos grandes projetos, na década de 1970, que alterou a configuração urbana da Grande Vitória, aproximando os municípios localizados imediatamente ao norte da sede da capital.
Em relação à Serra, este teve seu solo expandido, integrando seu território a esta, num grande conglomerado urbano.
No caso do município de Anchieta, a implantação da Samarco mudou não apenas a sua configuração urbana, como também a sua importância econômica no estado, em termos de elevação de sua contribuição na composição do PIB.
O segundo processo é o da indústria petrolífera e de produção de gás, iniciado também em décadas anteriores, no norte do Espírito Santo, hoje dinamizado com a descoberta de jazidas no sul.
E o terceiro processo é a rompimento da barragem de Fundão, que destruiu a bacia do Rio Doce no dia 05 de novembro de 2015.
O rompimento da barragem de rejeitos da Samarco em novembro de 2015 destruiu o distrito mineiro de Bento Rodrigues esse fato já é considerado maior desastre do gênero da história mundial nos últimos 100 anos. Se for considerado o volume de rejeitos despejados - 50 a 60 milhões de metros cúbicos (m³) (TERRA, noticias, 2015).
Os rejeitos de mineração, a lama vazada da Samarco percorreu 600 quilômetros (km) de trajeto seguidos pelo material, até o momento.
“Cerca de 25 mil piscinas olímpicas de lama composta por rejeitos minerais tóxicos cobriram vilas inteiras, tiraram a vida de 19 pessoas, impactaram cerca de outras 2 mil e afogaram o Rio Doce.Até o momento, nenhuma das três empresas foi condenada e a Samarco está recorrendo de todas as multas aplicadas”(GREENPEACE,2015, p.01).

Justificamos esse estudo sobre os danos sócio-ambientais e na saúde dos trabalhadores, pela importância do amplo processo que será desencadeado, e as transformações urbanas que estão sendo provocadas se desdobrando em prejuízos sérios à população local, ao meio ambiente, redimensionando em ampla escala os problemas sociais e ambientais.

Justificamos esse estudo sobre os danos sócio-ambientais e na saúde dos trabalhadores, pela importância do amplo processo que será desencadeado, e as transformações urbanas que serão provocadas que, se por um lado, gerarão bilhões de dólares para as empresas envolvidas, por outro, poderão causar prejuízos sérios à população local, ao meio ambiente, redimensionando em ampla escala os problemas sociais e ambientais. E isso decorrente não só da logística implantada, em termos de meios de comunicação e transporte, e de equipamentos e serviços, mas também pelo adensamento populacional que acarretará com a vinda de trabalhadores do próprio estado, de Minas Gerais, e das regiões Norte e Nordeste, composta na maioria de mão de obra sem qualificação, solicitada pelas empreiteiras, nessa primeira fase de implantação de projetos, que aqui se fixarão depois de concluída esta fase.

Data de início: 17/05/2017
Prazo (meses): 24

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