MICROCRÉDITO: COMBATE À POBREZA OU GESTÃO DA CLASSE TRABALHADORA?
Nome: VICENTE DE PAULO COLODETI
Tipo: Tese de doutorado
Data de publicação: 31/08/2018
Orientador:
Nome | Papel |
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MAURICIO DE SOUZA SABADINI | Orientador |
Banca:
Nome | Papel |
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ANA PAULA ORNELLAS MAURIEL | Examinador Externo |
GUSTAVO MOURA DE CAVALCANTI MELLO | Examinador Interno |
LÍVIA DE CÁSSIA GODOI MORAES | Examinador Interno |
MÁRCIO PASCHOINO LUPATINI | Examinador Externo |
MAURICIO DE SOUZA SABADINI | Orientador |
Resumo: Objetiva-se no presente trabalho, através de pesquisa bibliográfica, entender qual é o espaço ocupado pelo microcrédito na atualidade capitalista brasileira. Para isso, busca-se expor criticamente o microcrédito tendo como ponto de partida sua principal premissa, a saber: a consideração geral segundo a qual esse tipo de crédito é tomado como uma política social de combate à pobreza, de geração de trabalho e renda, de inclusão social e de promoção de direitos de cidadania. Procura-se problematizar as bases teóricas, ideológicas e concretas desse conjunto de noções, de tal modo que se possa
não somente descrever o microcrédito, mas dar-lhe significado em função do capitalismo no Brasil. Apresenta-se, assim, noções teóricas a respeito da pobreza e do empreendedorismo, informações sobre o mercado de trabalho nacional nos últimos anos e, especificamente, sobre os donos de negócio do País, algumas concepções liberais sobre a realidade social que permitiram estruturar e consolidar a ideia de combate à pobreza e geração de trabalho e renda por meio de microcréditos e, por fim, elementos relativos à formação brasileira que serviram de base concreta às políticas de microcrédito na atualidade. Conclui-se que o microcrédito, apesar de aparecer como ferramenta de combate à pobreza e geração de trabalho e renda, permite, em essência, gerir, pelo menos, parte da classe proletária sobrante do mercado de trabalho nacional atual.