AVANCES Y BARRERAS ENFRENTADAS POR LAS ONGs EN LA CONSTRUCCIÓN DE UNA AGENDA DE ENFRENTAMIENTO AL VIH/SIDA EN BRASIL, PERIODO 2009-2019
Nome: WALVER DAVID VILLEGAS MANRIQUE
Tipo: Tese de doutorado
Data de publicação: 18/12/2020
Orientador:
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Papel |
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LÍVIA DE CÁSSIA GODOI MORAES | Co-orientador |
MARIA LUCIA TEIXEIRA GARCIA | Orientador |
Banca:
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Papel |
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ANA CRISTINA DE SOUZA VIEIRA | Examinador Externo |
FABIOLA XAVIER LEAL | Examinador Interno |
LÍVIA DE CÁSSIA GODOI MORAES | Coorientador |
MARIA LUCIA TEIXEIRA GARCIA | Orientador |
VERIANO DE SOUZA TERTO JUNIOR | Examinador Externo |
Resumo: O objetivo desta tese é analisar os avanços e retrocessos enfrentados pelas
ONGs na construção de uma agenda de prevenção para o enfrentamento do
Hiv/Aids no Brasil, a partir da crise do capital, período 2009-2019. Para
atingir o objetivo, realizamos uma investigação documental e a observação
participante. O método escolhido como referencial teórico correspondeu ao
materialismo dialético. Para a análise dos dados utilizamos análise
temática do tipo análise de conteúdo. O advento do Hiv/Aids passou a fazer
parte de uma agenda neoliberal globalizada, tornando-se um mercado poderoso, porém com a presença da crise estrutural do capital de 2008/2009 seus efeitos começaram a ser sentidos a partir de 2011 e se agravando. Por ser considerada uma doença crônica pela Organização Mundial da Saúde, isso
tem servido para justificar que o Hiv/Aids deixou de ser considerado uma
emergência, sendo assim, incentivado pelos governos a destinar recursos para
outras áreas ou esferas que efetivamente impactam negativamente o
financiamento das atividades desenvolvidas pelas ONGs na área de
prevenção. Identificamos barreiras financeiras e políticas dentro do corte
temporal que indicam um retrocesso na Política Brasileira de Aids.
Verificamos que a prevenção combinada tornou-se a maior ferramenta de
prevenção utilizada de 2017 até o momento, sendo polêmica devido à
ênfase na biomedicalização da mesma, e à pouca interação com os
componentes comportamentais e estruturais, o qual é evidenciado pela pouca
participação e apoio recebido pelas ONGs de Hiv/Aids. Apesar do cenário
sombrio e de incertezas em tempos de acumulação eminentemente financeira, o movimento das ONGs de Hiv/Aids continua amplamente crítico, independente da ideologia política predominante, coeso e com uma longa história na
conquista e promoção de direitos. Com esta tese, constatou-se que as ONGs
sofreram uma redução no acesso ao financiamento público, alterando sua
agenda de ação no campo da prevenção do Hiv/Aids.