DA LAMA AO CAOS, DO CAOS À LAMA! A FUNDAÇÃO RENOVA E A ESTRATÉGIA INTERVENTIVA EMPRESARIAL: UMA ANÁLISE A PARTIR DA SUA CONFIGURAÇÃO INSTITUCIONAL, DAS MEDIDAS DE MITIGAÇÃO E DA RELAÇÃO COM OS ATINGIDOS
Nome: CLEIDSON NAZÁRIO MAURICIO
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 28/06/2021
Orientador:
Nome | Papel |
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VICTOR NEVES DE SOUZA | Orientador |
Banca:
Nome | Papel |
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VICTOR NEVES DE SOUZA | Orientador |
FLAVIO HENRIQUE CALHEIROS CASIMIRO | Examinador Externo |
CRISTIANA LOSEKANN | Examinador Externo |
ANA TARGINA RODRIGUES FERRAZ | Examinador Interno |
Resumo: Esta dissertação tem como objeto de estudo a Fundação Renova, suas
ações e repercussões nos processos organizativos da luta dos atingidos.
Trata-se de um estudo qualitativo, realizado por meio de pesquisa documental,
recorrendo a materiais elaborados pela Fundação Renova, Ministério
Público Federal, Movimento dos Atingidos por Barragem e sites jornalísticos
que têm acompanhado o caso do rompimento da barragem da Samarco. A partir do aporte teórico quanto aos temas de Estado e classes sociais em Marx, Engels, Lênin e Gramsci, procuramos orientar nossa discussão teórica. Os autores da Teoria Marxista da Dependência fizeram parte de nossa discussão, a fim de entendermos a particularidade latino-americana e brasileira, no tocante
aos mecanismos de expropriação das economias dependentes. Partimos da
hipótese de que a Fundação Renova segue sendo um mecanismo utilizado pelas empresas mineradoras para ocultar a continuidade do desastre-crime. Agindo por meio da legitimidade do Estado, a instituição atua na conformação da coerção e do consenso, aparelhando os espaços institucionais, fragilizando
e dividindo a luta coletiva dos atingidos mediante suas ações interventivas. Para compreender este cenário e realizar a discussão analítica da Renova, nos amparamos na reflexão gramsciana sobre os aparelhos privados de hegemonia.
Palavras-chave: Estado e classes sociais. Aparelhos Privados de Hegemonia.
Fundação Renova. Samarco.