INSTITUIÇÕES DE LONGA PERMANÊNCIA PARA IDOSOS: INTERFACE COM A POLÍTICA DE SAÚDE NO ESPÍRITO SANTO
Nome: MONIQUE SIMÕES CORDEIRO
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 20/06/2022
Orientador:
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Papel |
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CENIRA ANDRADE DE OLIVEIRA | Orientador |
MARIA DAS GRAÇAS CUNHA GOMES | Co-orientador |
Banca:
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Papel |
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CENIRA ANDRADE DE OLIVEIRA | Orientador |
JEANE ANDRÉIA FERRAZ SILVA | Examinador Interno |
KARLA CRISTINA GIACOMIN | Examinador Externo |
MARIA DAS GRAÇAS CUNHA GOMES | Coorientador |
Resumo: O aumento da expectativa de vida e o envelhecimento populacional vêm aliados ao crescimento de diversas demandas da população idosa. É comum que pessoas idosas fiquem mais suscetíveis a doenças crônico-degenerativas, que podem gerar incapacidade e perda da autonomia. As Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPIs) surgem como alternativa de acolhimento principalmente para aqueles idosos que possuem seus vínculos familiares e comunitários rompidos e com dificuldades para o desempenho das atividades diárias. Observa-se que a desresponsabilização estatal na oferta e execução de políticas públicas reflete diretamente nas ILPIs, e, historicamente, vem se perpetuando como prática a manutenção da lógica filantrópica e religiosa dessas instituições contrapondo-se à lógica do direito. O objetivo geral desta pesquisa é analisar a interface entre as políticas de saúde e assistência social no âmbito das Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPIs)
filantrópicas e públicas no Espírito Santo. Como objetivos específicos buscou-se verificar as legislações referentes à política de saúde e assistência social; analisar o atendimento às demandas de saúde das pessoas idosas residentes nas ILPIs filantrópicas e públicas do ES; identificar as demandas clínicas dos idosos que ensejam a necessidade de interface da política de saúde com a política de assistência e o efetivo encaminhamento da ação intersetorial para a
otimização dos resultados; a implementação do plano integral de saúde do idoso nas ILPIs. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, em que os dados foram coletados por meio de entrevistas semiestruturadas com profissionais das ILPIs, cujo conteúdo foi analisado à luz do método materialista histórico dialético. Como resultado observou-se que, em geral, as ILPIs estão assumindo o cuidado com a saúde dos idosos sem uma estrutura apropriada, uma vez que não há, por parte da política de saúde, uma responsabilização junto às ILPIs capaz de atender as demandas de saúde dos idosos abrigados. Detectou-se a falta de legislações que versam especificamente sobre a competência da política de saúde em relação às ILPIs, e o quanto esse fator dificulta uma interface mais sistemática e exitosa.