MATERIALIZAÇÃO, RELEVÂNCIA E LIMITES DO SUS: UMA
ANÁLISE A PARTIR DA ATENÇÃO BÁSICA
Nome: ELIZABETH CARDOSO DE OLIVEIRA
Tipo: Tese de doutorado
Data de publicação: 28/07/2022
Orientador:
Nome |
Papel |
|---|---|
| PAULO NAKATANI | Orientador |
Banca:
| Nome |
Papel |
|---|---|
| ALINE FARDIN PANDOLFI | Examinador Externo |
| ANA TARGINA RODRIGUES FERRAZ | Examinador Interno |
| BERENICE ROJAS COUTO | Examinador Externo |
| MARIA LUCIA TEIXEIRA GARCIA | Examinador Interno |
| PAULO NAKATANI | Orientador |
Resumo: A criação do Sistema Único de Saúde (SUS), uma das maiores conquistas sociais de 1988, marcou a transição para uma sociedade um pouco mais civilizada. Após quase 400 anos de escravidão e de reprodução dos privilégios, havia, pela primeira vez, a garantia formal do direito universal à saúde no Brasil. Em seus mais de trinta anos de existência, o SUS obteve imensos avanços, mas também enfrenta cotidianamente inúmeros desafios. A despeito dos limites, o SUS é um pilar fundamental da sociedade brasileira contemporânea, que depende de seus serviços, em todos os âmbitos seja como prestador de serviços de saúde para a população, seja como fonte de recursos do fundo público para os agentes privados. A atuação do SUS e a reorientação do modelo de assistência à saúde, anteriormente em vigor promovida através da adoção da Estratégia Saúde da Família favoreceram alterações no quadro epidemiológico da população, tornando-o mais complexo e afastando o Brasil de um perfil, majoritariamente, caracterizado por doenças infecciosas e transmissíveis. Complexidade epidemiológica tal que somente o próprio SUS é capaz de dar respostas adequadas, haja vista que o setor privado de saúde não é apto tampouco interessado a enfrentá-la. O SUS
resiste, mas sob confrontos. Processos e tentativas reiteradas de
privatização, por dentro e por fora do sistema público de saúde, estão
sempre circundando o SUS. A tentativa mais recente mira a Atenção Básica.
Trata-se da Agência para o Desenvolvimento da Atenção Primária à Saúde
(ADAPS), que ameaça ser a porta para a privatização do primeiro nível de
assistência.
