O ENVELHECIMENTO COMO DESAFIO PARA O SUAS: UM ESTUDO SOBRE A REDE DE PROTEÇÃO SOCIAL ESPECIAL PARA O IDOSO NO ESPÍRITO SANTO

Nome: ROBERTA DANIEL DE CARVALHO FERNANDES BORBA
Tipo: Tese de doutorado
Data de publicação: 30/09/2022
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
MARIA DAS GRAÇAS CUNHA GOMES Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
BERENICE ROJAS COUTO Examinador Externo
ESTELA MARTINI WILLEMAN Examinador Externo
FABIOLA XAVIER LEAL Examinador Interno
MARIA DAS GRAÇAS CUNHA GOMES Orientador
MARIA HELENA ELPIDIO ABREU Examinador Interno

Resumo: Este trabalho objetiva mapear e analisar a organização da rede de Proteção Social Especial de Alta Complexidade para o idoso no estado do Espírito Santo com intuito de dimensionar a efetividade dessa rede face ao preconizado/regulamentado pelo Suas e pela Tipificação Nacional de Serviços Socioassistenciais e legislações pertinentes. O objeto de estudo se circunscreve à organização da rede de proteção social especial de alta complexidade para o idoso no estado do Espírito Santo. A orientação teórico-metodológica do estudo foi realizada no campo da pesquisa social, pela via da pesquisa bibliográfica. Trata-se de uma pesquisa descritiva com abordagem qualitativa. O percurso teórico sustenta a tese de que o envelhecimento não se constitui como um problema em si. Mas, em uma sociedade pautada no ageísmo e no descarte de trabalhadores considerados improdutivos ao capital, somadas às sucessivas ausências de políticas públicas, sociais e previdenciárias revelam no contexto do neoliberalismo, um profundo dilema. O resultado da pesquisa teórica associada à análise dos documentos, reafirma que a política social está em permanente contradição com a política econômica nos marcos da sociedade liberal capitalista em que os direitos são transformados em serviços a fim de fomentar a acumulação e a rentabilidade dos negócios na esfera do mercado, como apresentado a partir das ILPIs com fins lucrativos. A conformação da política pública avaliada não se traduz em universalidade e ampliação de direitos. Antes, contêm as marcas da residualidade, da seletividade, longe dos critérios de efetividade, ainda mais se levarmos em conta a “desnormatização” que impera nesses tempos, particularmente, no governo de Jair Bolsonaro. O crescente número de “casas de repouso”, com finalidade lucrativa, traduz a forma como o mercado vai se espraiando sobre a política pública. A garantia de direitos cede espaço para o mercado e as ILPIs filantrópicas são custeadas pelos benefícios dos usuários, doações e transferência de parcos recursos públicos às instituições. A despeito de avanços, não podemos avaliar a rede de abrigamento no Espírito Santo como fruto efetivo de um processo democrático. A efetividade dessa rede face ao preconizado/regulamentado pelo Suas e pela Tipificação Nacional de Serviços Socioassistenciais e legislações pertinentes é limitada aos ditames inerentes ao poder econômico, alterando muito pouco a realidade social.

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