TECNOLOGIA E TRABALHO DO SERVIÇO SOCIAL EM TEMPOS DE PANDEMIA DA COVID-19: ANÁLISE DAS CONDIÇÕES E RELAÇÕES DE TRABALHO
Nome: LUNA ALVES DE SOUZA RODRIGUES
Data de publicação: 23/10/2023
Banca:
Nome | Papel |
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ANA CRISTINA OLIVEIRA DE OLIVEIRA | Examinador Externo |
ANA PAULA FREGNANI COLOMBI | Examinador Interno |
MARIA ANGELINA BAIA DE CARVALHO DE ALMEIDA CAMARGO | Examinador Interno |
SILVIA NEVES SALAZAR | Examinador Interno |
Resumo: A pesquisa analisa as condições e relações de trabalho de Assistentes Sociais inseridos nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) do município de Vitória/ES a partir da pandemia da Covid-19 com a crescente incorporação das tecnologias de base digital. Trata-se de Estudo de Caso (EC), de abordagem qualitativa, e pesquisa documental de documentos oficiais da Secretaria Municipal de Saúde de Vitória/ES, com informações referentes às ações desenvolvidas no município de Vitória para a contenção da pandemia da Covid-19. Para seleção do corpus empírico procedemos à leitura dos 41 marcos regulatórios, que incluem decretos e portarias municipais apresentados pelo Plano de Ações para o enfrentamento à
pandemia da Covid-19. Destes documentos, 5 portarias têm orientações relacionadas à organização do trabalho das/os assistentes sociais no município de Vitória/ES, durante a pandemia. Utilizamos também a aplicação de questionários
junto às assistentes sociais atuantes nas Unidades Básicas de Saúde de Vitória/ES. Tanto os documentos como os questionários apontam que as UBS precisaram se adaptar a um novo ritmo de trabalho em decorrência da pandemia
da Covid-19, dentre essas mudanças estão o tempo para realização do trabalho, o conteúdo desse processo de trabalho e a transformação no sentido do trabalho das assistentes sociais. Tal conclusão expressa a realidade concreta de aumento do
uso das tecnologias articulada a novas modalidades de atendimento, o aumento e a complexificação das demandas, somado a precarização das condições e relações de trabalho que já estavam em curso anterior a pandemia e em sintonia com a dinâmica de acumulação do modo de produção capitalista. Comparece nos relatos das profissionais que o trabalho tem se tornado mais intenso em termos de dispêndio das capacidades física, cognitiva e emocional. Esta tendência é composta por um arsenal digital que proporciona mais rentabilidade ao capital, onde se conclui que grande parte das assistentes sociais também são obrigadas a incorporar o uso dessas tecnologias, trabalhar em jornadas ainda mais longas e arcar com os custos dos meios de produção do seu trabalho. O que expressa uma tendência generalizada do trabalho no mundo capitalista.