A UBERIZAÇÃO DAS RELAÇÕES DE TRABALHO: UM ESTUDO SOBRE SEUS FUNDAMENTOS E DESDOBRAMENTOS NO BRASIL CONTEMPORÂNEO
Nome: KENAI HENRIQUE CARVALHO CORREIA
Data de publicação: 27/04/2023
Banca:
Nome | Papel |
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ANA PAULA FREGNANI COLOMBI | Examinador Interno |
LIVIA DE CASSIA GODOI MORAES | Examinador Interno |
PATRICIA VIEIRA TROPIA | Examinador Externo |
VICTOR NEVES DE SOUZA | Presidente |
Resumo: A presente dissertação intenciona analisar a precarização das relações de trabalho no contexto a partir da pós-reestruturação produtiva dos anos 1970, especificamente o fenômeno mais recentemente conhecido como uberização do trabalho no Brasil contemporâneo, seu significado e consequências na última década. Contextualizando historicamente a queda do taylorismo-fordismo e o surgimento do toyotismo, bem como as mazelas do neoliberalismo a partir da década de 90, pôde-se compreender tanto o conceito do trabalho flexibilizado, quanto a normalização da informalidade. A uberização representa uma das facetas da informalização do trabalho, que agora mobiliza uma multidão de trabalhadores principalmente por meio de mecanismos tecnológicos, tal qual a empresa Uber, que nomeia o conceito por difundir e expor as tendências dessa exploração de trabalho através do modelo digital de aplicativos. Dessa maneira, pretende-se discorrer a respeito desta organização de trabalho, problematizando as contradições inerentes à uberização, como temas de autonomia, liberdade, gerenciamento e direitos sociais. Perpassando noções sistemáticas de controle e subordinação, frequentemente fora da gestão da própria classe trabalhadora, o estudo utiliza da empresa Uber como título de exemplo ao longo de sua execução, mas também evocando demais circunstâncias da precarização do trabalho, inclusive no mais atual cenário pandêmico causado pela Covid-19. O aporte teórico, realizado com pesquisa bibliográfica qualitativa a partir da conceitualização feita por autores de cunho marxista, utiliza dos referenciais da associação capital/trabalho para discutir e ponderar durante o desenvolvimento do texto, culminando na reflexão das tendências futuras e desdobramentos do processo de uberização, enquanto a classe trabalhadora permanece subjugada a manutenção do sistema de dominação do capital.