Economia, sociedade e questão racial na África e América Latina

Resumo: A partir da ideia de Colonialidade difundida pelo do Grupo Colonialidade/Modernidade, ou projeto M/C, do final dos anos 1990, se abre uma nova seara de trabalhos no campo das ciências sociais, compreendidos como estudos decoloniais. Tendo como pioneiros Anibal Quijano, Edgardo Lander, Ramón Grosfoguel, Walter Mignolo, entre outros intelectuais latino-americanos, tais estudos têm buscado apreender as faces da modernidade a partir de uma realidade periférica latino-americana, mas também africana e asiática. Nestes trabalhos, a questão racial aparece como central na fundação da modernidade a partir da colonização das Américas. Junto com o mercado mundial, ali formatado de forma mais clara e o processo de exploração do trabalho resultante da expansão mercantil da Europa, se desenha a construção do “outro” - não branco - inaugurando uma hierarquização racial do trabalho, que em grande medida permanece presente no capitalismo contemporâneo, a partir do assim chamado racismo estrutural. O presente projeto se enquadra neste campo de pesquisa, focando especialmente na questão racial enquanto elemento central na formação das economias dos países de África e América Latina, inclusive Brasil, ao longo dos séculos XIX, XX e XXI. Considera-se que este largo espaço de tempo corresponde exatamente ao momento de difusão e consolidação das relações capitalistas nestas regiões. Relações essas demarcadas de maneira profunda pela questão racial. Destacam-se entre os pontos de interesse do projeto especialmente os processos de emancipação e formação dos Estados Nacionais, formação do mercado de trabalho e difusão de valores e relações mercantis.

Data de início: 19/05/2023
Prazo (meses): 72

Participantes:

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Coordenador RAFAEL MORAES
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